sexta-feira, abril 08, 2011

Aqui nasce uma esperança

       A partir desse momento deixarei rastros meus por aqui também. Poesias, Teatro, Perfomances e notícias artisticas vagarão em meu nome.
          Agradeço o convite feito pela grande amiga Dalva Saudo, e espero que posso ser de grande ajuda nesse cantinho de amigos e amantes das artes.
Deixando um pensamento...


Um aviso! Uma sentença!
Várias lágrimas, angústias, dores....

Acorda humano, acorda vai!



Aqui nasce uma esperança


“Tempo, tempo, tempo, tempo
Vou lhe fazer um pedido!”

Convivemos com mitos futuros,
Mas exaltamos os do passado!
Corremos para o além
Começando a morrer, segundo após segundo!
Inundamos-nos de carnificina,
E velamos nossos mortos.

Somos flores sem espinhos.
Sem proteção.
Sem oração.


O “assim seja”
Tornou-se enfim o banal.
Ajoelhamos e choramos perante
Todo esse mundo material!

Lágrimas derramadas,
Angústias crescentes,
E ainda assim,
Ousamos fechar os olhos!
Seja para a beleza profética,
Ou ainda para os mendigos mortos!

Comentamos o vulgar;
Nós matamos o lírico!
O amor se desfez.
Tudo se tornou apenas carnal.
Exaltamos a paixão,
Mas hoje,
Vivemos apenas de tesão.

Vivemos através dessa Esfinge Andrógena
Ceifadora da calma e do Romantismo!
Um monstro, uma alienação,
Que nos move de corpo em corpo,
Como um nômade que nunca encontra um lar!

Esquecemos do aviso de Édipo!
Depomos Helena!
Esfolamos Romeu!
Queimamos Jocasta!
Afogamos Beatrice!
Enterramos Psiquê!
Violentamos Hera!
Amaldiçoamos Perséfone!
Ficamos surdos perante a lira de Orfeu!


Nos despojamos de todos,
Para apenas obedecer ao Enigma da Esfinge!

Sem rumo.
Sem encanto.
Sem magnitude.

Apenas tentamos pedir a compaixão de Medeia.
Apenas para chamar a atenção de Vênus!
Somente por esta permanecer desnuda.

Em que época vivemos?
Em que época!

Permitimos a banalização de atos sagrados.
Exorcizamos o Belo.
O mundo gira sentindo falta de carinho!
Sentindo falta do verdadeiro significado da paixão.
Da verdadeira vida.

A sensibilidade e o belo
Estão cada vez mais distantes.
Quase em outra realidade.

Já não trocamos olhares como antigamente,
Muito menos flores e declamações!
Logo, não lembraremos mais
De como era o perfume das pétalas,
Da emoção de se receber uma declaração,
Da sensação surreal de sentir um carinho...

Um olhar, uma cumplicidade,
Um apoio...
.... Um amor...
Fechar os olhos e ver um sorriso.
Ouvir um coração acelerado.
Receber homenagens,
Declamar as curvas e as delícias de um Ser.
Presentear o inesperado.
Sussurrar um “Eu te amo”
Que não é anunciado pelos lábios.
Mas, anunciado com a alma.

Temo que posso fechar os olhos,
E quando tornar a abri-los,
Não encontrar mais a beleza, a vida.
Estarão todos mortos!
Todos os Rituais!
Todos os sentimentos infinitos!

Tenho receio de perder-me do lirismo!
Já não ouço mais as Rádios, e nego-me a acompanhar a Televisão!
Sei o que irei ver, o que irei ouvir.

Quero poder arrancar as belas canções!
Fazer ressurgir a luz em meio ao cinza.
Me dá uma vontade incontrolável
De deixar em frente a cada porta,
Uma singela rosa em botão.
Para talvez, assim,
Liberar dentro da essência humana a sensação de um amor verdadeiro.
Reviver dentro de cada um,
A esperança de um sorriso.
A participação da vida!


Vinicius Cassiolato
Sigam-me também pelo meu blog: bohemioerudito.blogspot.com

2 comentários:

DALVA SAUDO disse...

Vinícius Cassiolato:

Que prazer tê-lo conoco!
Seja bem-vindo!

Vinny Cassiolato disse...

Eu que agradeço imensamente o convite, e afirmo: Maior prazer não há do que expor meu pensamento, e quem sabe até revelar o que o véu da sociedade nos impede de ver.
Espero que possa contribuir sempre aqui com Poesia, Teatro, Exposições, convites ao redor do Brasil!
Um forte abraço minha amiga.
e mais uma vez obrigado