quinta-feira, agosto 04, 2011

Voo

A sala de embarque,
asas e turbina.
A saudade que bate,
azar e ironia.



Agora, literalmente ou não,
os corpos menos denso que o ar.
Sem paraquedas o meu coração
em pleno voo querendo saltar.

Incerteza e turbulência
dentro de mim.
Sem rumo, sem referência
e o tempo ruim.

-Enfim, o voo...

Entrelinhas
entre as nuvens.

As algemas de algodão doce,
as confissões de um réu na delegacia,
a oração para que preso fosse,
à parte de luxo ou qualquer regalia.

-Enfim, eu vou...

Arremeter o pouso e pulsação.

Ambos partem.

...

E quem parte com o coração
partido também fica.

...

Nenhum comentário: