sábado, janeiro 14, 2012




ESTRANHEZA

© Joaquim Marques



  
Esta estranheza q’eu julgava estranha
Que me conduzia para limites sem fim
Do realismo, era irónica façanha…
Pois estranho, era eu estranhar de mim.


Hoje, nada de estranho me apavora
O que é  nímio, fica no meu peito
E a estranheza em que cri outrora
Passou a ser do real, causa efeito…


É nessa realidade, que hoje creio!...
E do intrínseco profundo do meu seio
Expulso tudo, a que não estou afeito.


Por mais estranho que algo me pareça
Evito que a estranheza aconteça…
E deixo-a adormecer, dentro do peito.



PORTUGAL
2012

Nenhum comentário: