segunda-feira, abril 25, 2011

Fábio Renato Villlela > Seca

Sinto
a seca dos versos.
O papel é caatinga
donde nada brota.

A caneta é espinho
e o longo punhal
que sangraria o Poema
perdeu o corte e a ponta.
A letra bateu asa
e fugiu.

Seco ressecado
estou caminho
de chão batido;
sem destino
de chegada,
sem lembrança
da partida.
A vida é só de ida

2 comentários:

DALVA SAUDO disse...

Fábio:

Tudo que escrevo vem da minha emoção.
Você como poeta, apenas tenho a dizer-lhe:
Aceite minhas reverências perante tanto talento!
Quando leio suas poesias penso:
"Nossa... é o que sinto! Eu deveria ter escrito isso!

SILVIA TREVISANI disse...

Parabéns, Fábio, por tão bela inspiração. Às vezes leio e apenas o coração fala, não consigo expressar com palavras o que sinto...

Ah! Parabéns também pelas premiações que vão mundo afora.

Tenho orgulho de ser sua amiga literária.